Uma das argumentações mais comuns dos detratores do carro eléctrico, é que dirigir um seria como dirigir um aspirador de pó. Ou seja, algo sem graça e sem charme. Isto só prova que o povo não sabe do que está falando.

Bem, depois que Venturi e Tesla começaram a fazer gente grande comer poeira, os ingleses se animaram e estão desenvolvendo seu super eléctrico. E é um baita de um esportivo!

A Lightning Car Company (aqui) está finalizando o Lightning GT, que desenvolve desde 2008. Será produzido artesanalmente, como é de hábito entre os esportivos britânicos, mas a tecnologia de ponta está presente. A estrutura é de alumínio, que os ingleses estão preferindo à fibra de carbono, toda dimensionada para competição, no melhor estilo “ninguém bate devagar com um carro desses”. As baterias de titanato de lítio, mais potentes, duráveis e confiáveis do que as íon de lítio, estavam quase que restritas ao uso militar, por seu custo. Mas em um super esportivo de 650cv a relação custo/benefício não entra, então só usam o melhor. A tecnologia denominada Nano Safe (aqui) é ainda mais segura, pois as baterias são mais resistentes a extremos de temperatura, permitindo ao bólido rodar tranqüilamente na Lapônia e no Saara. A potência de 0,272cv/kg a coloca acima das íon de lítio, principalmente porque pode ser totalmente descarregada sem medo.

Segundo a empresa a autonomia de modo algum ficará em menos de 240km, dirigindo como se deve; mais rápido do que em uso normal… Dados de desempenho não foram revelados, como é de se esperar da prudência tipicamente inglesa, mas é certeza que o silêncio dará um prazer extra ao proprietário, ver o ronco da Ferrari sumindo lá atrás.